notou o quanto o amor crescera.
já não cabia no seu moleskine.
mas sua musa desaparecera…
não era achada nem com search engine.
Tag: cotidiana
Eu Lembro
Eu lembro,
Quando vem esse sol lindo
De novembro,
Do seu olhar.
Ele era pra mim o mesmo
Que o mar
Sob os reflexos de luz,
No Arpoador:
Uma pintura de paz
Sobre uma tela de amor.
Eu lembro
Que a gente se entendia
Por telepatia
E o silêncio
Era um selo
De cumplicidade.
A felicidade
Morava no seu sorriso,
Às vezes contido, tímido,
Às vezes nem tanto.
Sempre um encanto.
Sua gargalhada
Era meu faz de conta
De um conto de fada.
E eu me via feliz e completo
Em meu mundo repleto
De você.
Eu lembro que segurar a sua mão
Era provocar um terremoto
No coração.
Eu lembro da gente brindando,
Da gente brincando.
Eu lembro do abraço
Perfeito
Que a gente se dava.
Eu lembro o quanto eu amava.
E acho que você também.
Marginal
Atrás de um caminhão. Na marginal.
Respirando o que vem do Tietê.
E ainda assim a vida é bestial.
Porque dentro de mim, trago você.
Debaixo de calor descomunal
Almoçando em pé, num botequim.
E ainda assim a vida é genial
Porque trago você dentro de mim.
congestionamento
Tá chovendo pra caralho
O trânsito tá um cagalhão
E eu pensando no atalho
Pra chegar em teu coração.
Rebouças todo parado
Tá um cu, hoje, a cidade.
E eu aqui, apaixonado.
Fodido de tanta saudade.