bom dia!
não me resta muita coisa
além da poesia.
que sequer é boa.
não tenho as palavras
do Pessoa.
mas se me falta – e como falta –
habilidade
sobra no meu peito
uma vontade
de pedir,
de implorar
– por piedade –
que te cuides.
talvez, não te percebas
importante.
mas não deixas de ser
um só instante.
peço todo dia
pros meus santos
(confesso que nem sei a quantos)
que virem alegrias
os teus prantos.
olhos como os teus,
desenhados à mão,
por Deus,
não são próprios pro choro.
tua boca,
de traços tão precisos,
é abrigo precioso.
pra sorrisos.
às vezes o caminho fica mais difícil.
às vezes só enxergamos
o precipício.
mas é nessa hora,
em que mal nos levantamos
do tropeço,
que o Grande Cara
nos permite um recomeço.
então, respira!
e tira essa angústia do teu peito!
as imperfeições do mundo,
que fazem ele perfeito…
lembra quanto és querida.
dá o primeiro passo,
toma o teu novo espaço.
vive tua nova vida!