Eu quero tanto segurar a tua mão
Que chego a tropeçar na ansiedade
E derramo, espalhando pelo chão,
A minha, já escassa, sanidade.
E, louco, em delírios, eu te vejo
Em jardins em que, outrora, nós andamos.
Te encontro e, de súbito, te beijo…
Na loucura, novamente, nos amamos.
Quero criar com toda essa loucura
Um novo e certo ponto de partida…
Fazer desses delírios nossa cura
Pra essa, então, desesperada vida
E deixar a paz que tanto se procura
Vir com a paixão, agora, renascida.