Esfinge

Eu devia ter desconfiado
Desses olhos de leão
Que escondem o coração
De pedra
De uma esfinge
Que finge
Nem me notar. Não me querer.

Eu que tentei decifrar
Desde o segundo segundo em que a vi
Mesmo quando o que eu mais queria
Era ser devorado.
Era ter transformado
Esse meu amor quase platônico
Em um romance faraônico
De final feliz

(Juro que eu quis)

Mas tudo o que resta do sonho
É o deserto
De escassas lágrimas pelo amor que não deu certo
De remotas esperanças de tê-la de novo por perto
Pra descobrir, pra conquistar
Mais do que a aparência, muito mais, a sua essência
O seu lindo coração
Protegido, escondido
Pelos olhos de leão.

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o Marcelo Almeida

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