Doido

Corta o silêncio noturno
O grito de um coração
Que trota um tanto soturno
Em busca de sua paixão.

Incansável, persistente,
Corajoso (ou insensato?)
Persegue, inconseqüente,
Um amor findo e ingrato,

Foi desprezado uma vez
E ainda assim, insistiu,
Tudo em vão, o que fez
O amor da vida, partiu.

Um reencontro tão lindo…
Então julgou ser eterno,
Viu, de novo, o amor indo,
Esteve mil anos no inferno.

Esse coração calejado
Bate como o de um menino,
Segue em frente, apaixonado,
Desafiando o destino.

E é essa obstinação
Que faz dele tão forte,
Só desiste da paixão
No instante após a morte.

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o Marcelo Almeida

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